Trabalhadores do setor de bebidas retornam à CNI para reduzir acidentes de trabalho

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Trabalhadores do setor de bebidas retornam à CNI para reduzir acidentes de trabalho

A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) retoma nesta quarta (15/10), junto à Confederação Nacional da Indústria (CNI), a discussão de ação unificada para reduzir e combater os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais no setor de bebidas no Brasil. O encontro será realizado na sede da CNI, em Brasília (DF), a partir das 14h. O Brasil possui atualmente 144 mil trabalhadores no setor, sendo São Paulo o principal Estado em número de trabalhadores, com 33 mil; seguido por Rio de Janeiro (15 mil) e Pernambuco (11 mil). As maiores concentrações de trabalhadores estão ligadas aos grupos Coca-Cola (66 mil) e Ambev (32 mil).

Diante de denúncias envolvendo acidentes e doenças ocupacionais nas indústrias de bebidas, a CNTA Afins lançou esse ano a Campanha Nacional em Combate aos Acidentes de Trabalho e Doenças Ocupacionais no Setor de Bebidas, durante encontro nacional da categoria, realizado em fevereiro, em São Paulo (SP).  De acordo com dados do MPAS, entre 2010 e 2012, foram registrados 16.848 acidentes no setor, com 42 mortes no mesmo período. Os principais acidentes são quedas, queimaduras, traumas psicológicos e esmagamentos, e são registrados, principalmente, nas fabricações de refrigerantes e cervejas.

“Esse setor exige muito dos trabalhadores, principalmente, dependendo da época de produção, como no Carnaval. Como o consumo aumenta em certas épocas, o setor exige produção elevada e isso acaba exigindo do trabalhador uma atividade que muitas vezes vai além de suas condições humanas. Este é um setor muito lucrativo e é preciso que haja por parte do governo, mais cobrança quanto ao investimento das empresas em torno da prevenção de acidentes.”, comenta Bueno.

Dando continuidade à campanha, a CNTA Afins foi recebida pela CNI em março desse ano para discutir ações conjuntas. Na ocasião, participaram das discussões representantes da Regional Latinoamericana da União Internacional dos Trabalhadores da Alimentação (Rel-UITA) e da Federação Argentina de Trabalhadores Cervejeiros e Afins (FATCA). Em abril, a CNTA Afins entregou propostas de trabalho à CNI, com o objetivo de buscar um consenso entre as iniciativas a serem tomadas pelas entidades.

Para Artur Bueno, as empresas não podem ser vistas como inimigas dos trabalhadores, nem se tornarem fontes geradoras de acidentes e doenças ocupacionais em virtude do lucro e da ganância. Ele também destaca que a falta de investimento privado e criação de políticas públicas específicas atingem ainda os contribuintes, que terão de arcar com os afastamentos de trabalhadores. 

“Os empresários precisam ter consciência de que não é através de acidentes e de doenças, e da falta de investimento nessa área, que irão alavancar suas empresas. Se eles (empresários) investissem em melhores condições de trabalho, com mais segurança e saúde para o trabalhador, eles teriam um profissional por mais tempo na empresa e, com certeza, que iria produzir mais e melhor. O empresário precisa pensar em longo prazo. Por outro lado, é importante que o trabalhador tenha consciência e passe a cobrar e valorizar sua saúde e segurança.”, conclui.



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