Vem aí: A Floresta dos Sonhos, o espetáculo

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Teatro Plínio Marcos, do Complexo Cultural Funarte vai receber o espetáculo “A Floresta dos Sonhos”, com participação de 40 crianças do Projeto Dançar é Arte patrocinadas pela Ambev, além de bailarinos convidados, nos dias 14 e 15 de fevereiro de 2019, às 19h.

A expectativa é a de um público de mil pessoas para a apresentação, inspirada nos passos para o desenvolvimento completo de indivíduo. As bailarinas são meninas do Recanto das Emas, Varjão, Paranoá e Itapoã. Também estarão presentes convidados especiais: Instituto de Música, Dança e Teatro Claude Debussy, Grupo Charadas e Projeto Tocando Sonhos

A idealizadora Kátia Moraes explica que o tema foi inspirado no livro “As necessidades básicas do crescimento e desenvolvimento feliz de uma criança (teoria de Abram H. Maslow)”, que indica como ferramentas de desenvolvimento humano o amor, a autoestima, o elogio, a aceitação, a disciplina, o equilíbrio e a segurança. “Eu transformei a história e trouxe para o balé”, conta Kátia. O texto é de Quésia Santos, a argumentação, de Sandra Castor, e a readaptação, do Projeto Dançar é Arte.

Durante todos esses anos, o projeto se manteve principalmente por conta da venda das pizzas e artesanatos e alguns parceiros pontuais como o da Dra. Janete Vaz, do Laboratório Sabin, entre 2015 e 2018. Agora, está diante de uma grande realização, por meio do patrocínio da Ambev, para a conclusão de oficinas e a manutenção do espetáculo por três meses. O objetivo após o espetáculo é sensibilizar a população para conseguir doações e novos parceiros. A entrada do evento é franca, mas o público pode levar um quilo de alimento não perecível a ser distribuído para as famílias das crianças que participam do projeto.

O Projeto Dançar é Arte

Arte, cultura, educação e disciplina. Essa é a missão do Projeto Sociocultural Dançar é Arte, liderado pela bailarina Kátia Moraes. Dinâmica, ela faz de tudo para manter a iniciativa de pé: oferece aulas de balé, oficina de artesanato e reforço escolar, graças a parcerias e voluntários, numa forma de trabalho totalmente sustentável. Dentro do ateliê de artesanato, por exemplo, as crianças têm educação ambiental para aprender o processo de reciclagem e separação dos resíduos sólidos, líquidos e postura diante desse material para se preocupar com a natureza. “Nosso trabalho é ação social e formação”, explica Kátia.

São quase 19 anos de dedicação a um projeto que ajuda crianças de comunidades pobres do Distrito Federal a realizarem o sonho de dançar balé, uma maneira de diminuir o potencial de vulnerabilidade social em que, normalmente, vivem. Kátia usa a própria história para explicar por que decidiu iniciar o projeto. Aos seis anos, e daí, como bolsista a vida toda, viu o balé lhe abrir muitas portas. “Minha formação como bailarina foi baseada em apoios de pessoas que acreditaram em mim. Primeiro minha família, depois, escolas”, revela Kátia. “Então, pensei ‘por que eu não posso fazer isso também pelo próximo?’. Oportunidades são dadas para serem frutificadas, este é o meu entendimento diante da vida”, avalia.

Para participar do projeto, é preciso cumprir algumas exigências. A principal: a criança tem que querer ser uma bailarina e não apenas usar a atividade para ocupar o tempo ocioso pós-escola. “Tem que demonstrar interesse. Não adianta só o pai, a mãe, a comunidade quererem, mas a criança, não”, avisa Kátia Moraes. Por isso, todas as candidatas se submetem, antes de tudo, a passar por um teste admissional. “O balé é muito lindo de se ver, mas na hora de fazer, é outra história. É superação de limites”, enfatiza.

Também é necessário que a criança tenha entre 6 e 13 anos para ingressar no Projeto, podendo permanecer até os 18 anos e estar matriculada regularmente na escola e não ser repetente de ano, durante o processo admissional no Dançar é Arte.

A interação das famílias é fundamental. O projeto Dançar é Arte acolhe as mães dos alunos para trabalharem nas oficinas de artesanato e culinária, proporcionando renda e o empoderamento das mulheres, na maioria das vezes, responsáveis pela família.

Os admitidos têm direito a transporte gratuito até a sede do projeto, uniforme completo, fantasias, lanche e reforço escolar. O local também possui sala de informática, cinco banheiros padronizados nas normas técnicas (inclusive para crianças especiais), salão para 300 pessoas, duas salas de balé, campo de futebol, quadra de basquete, piscina, área verde e conta com pedagogas e psicólogas voluntárias.

Novas vagas

Estão disponíveis 150 vagas para crianças que desejem participar do projeto. Os candidatos devem residir em algumas dessas cidades: Estrutural, Ceilândia, Granja do Torto, Varjão, Paranoá e Itapoã. As inscrições são realizadas através do site do projeto, no menu “seja aluno”.

Fonte: Dançarte