Quase R$ 5 milhões para obras em passarelas

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Estruturas não recebiam manutenção há mais de 11 anos, reivindicação agora atendida. Trabalho gera 100 empregos.
Das 56 passagens existentes, 22 já foram totalmente restauradas | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

Em um ano e meio, o GDF revitalizou praticamente metade das passarelas aéreas que permitem a travessia segura de pedestres em rodovias distritais do Distrito Federal. E o trabalho segue em ritmo acelerado. Das 56 passagens existentes, 22 já foram totalmente restauradas. Outras três estruturas estão recebendo os últimos retoques e o Departamento de Estradas de Rodagem (DER/DF) pretende iniciar, nos próximos dias, a manutenção de outras seis, totalizando 31 passarelas reformadas desde fevereiro do ano passado (veja mais no vídeo ao final desta matéria).

R$ 4,9 milhões25 operários e 100 empregos indiretos envolvidos no serviço

O plano do governo local é revitalizar todas as 56 passagens ainda nesta gestão. Elas vão ser limpas e pintadas e algumas também vão receber reforço estrutural. A recuperação das estruturas é feita por meio de contrato entre o DER/DF e a empresa Engemil, contratada por meio de licitação com validade até 2024.

“Apesar de o contrato valer até 2024, pretendemos concluir a manutenção de todas as passarelas até dezembro de 2021, adiantando a execução do contrato”, afirma o superintendente de Obras do DER/DF, Cristiano Alves Cavalcante.

O GDF investe R$ 4,9 milhões no serviço, que conta com a força de 25 operários e gera cerca de 75 empregos indiretos. Eles são divididos em três equipes que trabalham simultaneamente em três locais. Atualmente, os trabalhadores estão terminando a pintura das passarelas da DF-005, em frente ao Varjão; na DF-003, na subida do Colorado (próxima ao Taquari); e na BR-020, em frente ao Condomínio Império dos Nobres (confira na arte abaixo). As estruturas devem ficar prontas em 15 dias.

Cada passarela leva, em média, três meses para ser reformada. Além de limpeza e pintura, algumas tinham a estrutura comprometida, o que fez a reforma demorar mais tempo.

“Esta [a do Varjão] demorou mais um pouco porque teve que fazer reforço na estrutura. Os danos eram visíveis a olho nu”, diz Cristiano, passando a explicar as discrepâncias no tempo de execução. “O tempo da recuperação varia de acordo com o estado de cada passagem. Em algumas basta pintar e lavar, outras exigem uma intervenção maior, como reforço estrutural, troca de alambrado, substituição do piso, soldagem da estrutura metálica.”

Transeuntes começam a perceber melhorias nas passarelas: “Melhorou 100%”, diz usuária | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

As obras começaram justamente pelas estruturas que mais precisavam de reparos – como as da via Estrutural, que geravam desconforto e insegurança para os usuários. “Nós temos uma equipe que, rotineiramente, faz a vistoria de toda a malha rodoviária e das obras de arte especialmente, detectando a necessidade de intervenção. Estou no DER há 11 anos e, nesse período, nunca havia sido feita uma revitalização tão completa. Muitas nunca tinham sido restauradas, o que era uma demanda constante”, acrescenta o superintendente.

Travessia insegura

A doméstica Maria da Paz Ferreira, 56 anos, atravessa a Estrada Parque Taguatinga Guará (EPTG) diariamente pela passarela em frente à Octogonal. A grade enferrujada causava medo nos pedestres, que também sofriam com o mau cheiro da passagem. “Ficou bem melhor. Estava muito estragado e sujo. Melhorou 100%”, elogia.

Sanitização marca trabalho de manutenção das estruturas em tempos de pandemia | Foto: Paulo H. Carvalho / Agência Brasília

A auxiliar de serviços gerais, Mirismar Dias, 62 anos, conta que os pedestres suportavam a sujeira para não se arriscar entre os carros embaixo da passarela. “Aqui é muito perigoso, passa muito carro. Mas a passarela era muito suja, fedia”, conta.

Na Candangolândia, muitos pedestres preferiam passar correndo pela Estrada Parque Indústria e Abastecimento (Epia) a usar a estrutura segura.

“Acredito que há mais de 15 anos essa passagem não recebia uma manutenção. Era perigoso para todo mundo. Mas agora todos a usamos e confiamos que não corremos risco”, relata a gerente comercial Ana Lúcia Costa, 31 anos, moradora da Candangolândia.

Assista ao vídeo:

 

* Com informações do Departamento de Estradas Rodagem do DF

FONTE: GIZELLA RODRIGUES, DA AGÊNCIA BRASÍLIA * | EDIÇÃO: FÁBIO GÓIS