Às vésperas do aniversário de Brasília, no próximo dia 21, a maior cidade do Distrito Federal ganha um presente histórico: Casa da Mulher Brasileira (CMB), em Ceilândia, com o objetivo de aumentar os serviços públicos destinados às mulheres em situação de violência. Na ocasião, foi o Acordo de Cooperação Técnica do Programa “Mulher Segura e Protegida”.
A deputada federal, Celina Leão (PP/DF), que destinou através de emenda parlamentar, o valor de R$ 650 mil, ressaltou a eficiência do GDF e da bancada do DF em prol do combate à violência a mulher. “Felicidade em ver os recursos destinados por nós, parlamentares, sendo realmente efetivos e com objetivo de ajudar as mulheres que sofrem violência!!”, enfatizou a parlamentar ao comparecer a inauguração.
O objetivo é integrar e ampliar os serviços públicos voltados às vítimas de violência, por meio da articulação dos atendimentos especializados no âmbito da saúde, da justiça, da rede socioassistencial e da promoção da autonomia financeira.
A Casa da Mulher Brasileira é um equipamento de alta complexidade, criado para oferecer um atendimento humanizado às mulheres vítimas de violência doméstica. É um serviço que revoluciona o modelo de enfrentamento à violência de gênero, pois integra, amplia e articula todos os serviços do governo oferecidos às mulheres em situação de vulnerabilidade.
Para a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, a inauguração do espaço reforça a importância da parceria entre o governo federal e o GDF.
“Neste momento, em que acompanhamos tantas notícias de violência contra as mulheres e suas crianças, a inauguração desta Casa da Mulher Brasileira traz a certeza de que, se trabalharmos juntos, a população só tem a ganhar. Proteção, cuidado, orientação, capacitação e amor serão destinados às mulheres e suas famílias que vierem a este local”, destaca a ministra.
Interrupção com oportunidades
A CMB de Ceilândia reúne, em um só espaço, acolhimento, triagem, apoio psicossocial, além de atendimento da Defensoria Pública, do Ministério Público e do Tribunal de Justiça. Segundo a Secretaria da Mulher, o fato de a vítima ter, em um mesmo local, a oferta dos serviços desses órgãos públicos evita que a mulher tenha que buscar atendimento fragmentado e sofra a revitimização durante a chamada rota crítica.
“Será também uma casa de oportunidade, onde vamos oferecer capacitação e oficinas voltadas para a autonomia econômica, além de promover a integração dessa mulher com todos os serviços oferecidos pelo governo. É um presente para cidade de Ceilândia, que irá acolher não só as mulheres que estão vivendo uma situação de violência, mas também todas as outras que precisam ser cuidadas por nós”, afirma a secretária da Mulher, Ericka Filippelli.
Para a secretária nacional de Políticas para as Mulheres do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Cristiane Britto, o atendimento humanizado para as mulheres que estão em situação de violência é uma prioridade para o governo federal. “Sabemos que esse acolhimento pode ajudar a interromper ciclos de violência, perversos, que muitas vezes resultam em feminicídio. A inauguração representa mais um investimento do governo federal em favor das mulheres”, diz a gestora.
Ocupação da Casa
Os serviços disponíveis na Casa da Mulher Brasileira serão inaugurados por etapas. Até o segundo semestre de 2021, todos os cinco andares estarão em pleno funcionamento. Na primeira fase da ocupação, serão realizados o acolhimento, a triagem, a escuta qualificada e o encaminhamento dessa mulher para os serviços especializados. Elas serão atendidas por uma equipe de agentes e assistentes sociais, pedagogos e psicólogos da Secretaria da Mulher. A sala de eventos, auditório, brinquedoteca e refeitório também serão abertos no dia 20.
No próximo mês, no terceiro andar, serão inaugurados os serviços oferecidos pelos equipamentos parceiros no enfrentamento à violência contra a mulher, entre eles o Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher, da Defensoria Pública; a Assessoria Técnica de Violência Doméstica, do Ministério Público, e o Centro Judiciário da Mulher/CJM, do TJDFT.
Texto: agência Brasília
Edição: ASCOM Celina Leão21