Lúcio Flávio e Lívia Braz, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger
Atualmente, 170 alunos do terceiro ao nono ano da escola participam das atividades, que vão desde o preparo de biscoitos, bolos, doces e salgados a receitas exóticas e saborosas, como farofas de talos de verduras e de casca de banana, além de deliciosa geleia de morango levemente apimentada.
“O projeto nasceu quando percebemos a dificuldade que os alunos tinham para comer, de ter algo diferente, que chamasse a atenção dos alunos”, conta a diretora da instituição, Ana Márcia Ribeiro Sales.
“Então surgiu a ideia de fazer essas receitas feitas a partir de sobras de alimentos da cantina da escola. Ao invés de desperdiçar, utilizamos tudo para um bem comum, aproveitando na produção de tortas, doces, sobremesas após o lanche”, diz.
Mais de 3 mil estudantes da escola já passaram pelo projeto, que conta com o apoio da Regional de Ensino de Santa Maria. O aluno não precisa levar nada de casa para participar da lúdica oficina de culinária. As doações dos ingredientes e materiais são feitas pelos próprios professores e coordenadores de ensino, mas o público externo também pode colaborar.
A responsável direta por ensinar os meninos e meninas a preparar as receitas e a dividir o pão com colegas, professores e pais é Ioni Pereira Coelho de Oliveira, professora de atividades e coordenadora de educação integral do CEF 308 de Santa Maria.
Mineira da Serra do Salitre há quase 30 anos morando em Luziânia, ela uniu em um mesmo cardápio o talento de cozinhar quitutes de dar água na boca com a vocação de ensinar. Não foi fácil, mas hoje o aroma e o tempero de suas ideias e ensinamentos têm conquistado alunos e pais, servindo de referência para outras escolas.
Tanto que, no próximo dia 26, das 8h às 11h30, a professora vai compartilhar sua experiência nutritiva – incluindo sua especialidade, o bolo da felicidade – com outros profissionais de escolas integral, durante evento na Regional de Ensino de Santa Maria.