CNTA promete reação contra a reforma trabalhista
Entidade alerta sobre a possibilidade do aumento da pobreza e a diminuição de oportunidades no mercado de trabalho
A Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação e Afins (CNTA Afins) notificou, nessa quarta (12/07), sindicatos e federações representantes dos trabalhadores das indústrias da Alimentação para reagir à aplicação da reforma trabalhista. Entidade irá ingressar na Justiça do Trabalho pela inconstitucionalidade da lei, além de promover manifestações e, possivelmente, greves.
“Agora, chegou a hora da luta e da resistência nas bases. Vamos manter unidos os sindicatos, as federações e as confederações de trabalhadores, e não vamos permitir a aplicação de nenhum item deste monstro chamado Reforma Trabalhista, que retira direitos dos trabalhadores e desmonta o movimento sindical.”, convoca trecho de ofício enviado a cerca de 350 entidades ligadas a 1,6 milhão de trabalhadores no País.
De acordo com o Artur Bueno de Camargo, presidente da CNTA, a categoria já está mobilizando e conscientizando a classe trabalhadora em suas bases, inclusive, denunciando os parlamentares que votaram a favor do PLC 38/2017.
“Na primeira ameaça de aplicação de qualquer ponto em prejuízo do trabalhador, vamos entrar com ação na Justiça do Trabalho alegando inconstitucionalidade da lei, vamos fazer manifestações e, se preciso, greves.”, afirma a CNTA.
Na avaliação de Rita de Cássia Vivas, assessora jurídica da CNTA, a nova lei significa subtração dos direitos trabalhistas e precarização das relações de trabalho. Quanto à inconstitucionalidade da lei, a advogada destaca o descumprimento do artigo terceiro da Constituição Federal, que garante a construção de uma sociedade livre, justa e solidária, o desenvolvimento nacional, a erradicação da pobreza e a marginalização e redução das desigualdades sociais e regionais, além da promoção do bem de todos, “sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”.
“A aprovação da reforma trabalhista demonstra, claramente, que estamos vivenciando um verdadeiro retrocesso social. E o pior: esse retrocesso será sentido e lamentado por toda sociedade, até mesmo aqueles que sinalizaram favoráveis à aprovação, haja vista que experimentaremos o aumento da pobreza bem como a diminuição das oportunidades, o que culminará num verdadeiro abismo social, considerando o desrespeito ao princípio da dignidade da pessoa humana.”, afirma.
Fotos Artur Bueno de Camargo
Fotos Rita de Cássia Vivas
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