Foto: Carlos Gandra/CLDF
Leandro Grass ressaltou que “as escolas estariam em uma situação muito pior hoje se não fossem os repasses dos deputados”, afirmou
A gestão da Secretaria de Educação do Distrito Federal sofreu críticas hoje (10) de vários deputados em sessão ordinária da Câmara Legislativa. Leandro Grass (Rede) destacou a queda nos repasses do governo ao Programa de Descentralização Financeira e Orçamentária (PDAF) neste ano. Segundo Grass, o valor repassado neste primeiro semestre de 2022 gira em torno de R$ 40 milhões, o que representa uma queda de aproximadamente R$ 10 milhões em relação ao investido no primeiro semestre do ano passado. “Isso mostra como este governo é inimigo dos professores, dos estudantes e da educação como um todo”, reclamou.
Grass ainda lembrou que o valor liberado no ano passado só foi alcançado graças a emendas orçamentárias liberadas pela Câmara Legislativa. “As escolas estariam em uma situação muito pior hoje se não fossem os repasses dos deputados”, afirmou. O deputado também criticou a ampliação do número de estudantes em sala de aula em meio à pandemia, elevando o risco sanitário na comunidade escolar.
O deputado João Cardoso (Avante) destacou a demanda dos educadores sociais voluntários, que tiveram seu efetivo reduzido por uma portaria da Secretaria de Educação. “Essa portaria mal feita reduziu o número deles em 40% nas nossas escolas. Esses são os profissionais que trabalham com os jovens com deficiência, sem eles as escolas não vão poder atender esse segmento de forma adequada”, disse. O distrital fez um apelo aos pais de alunos para que se organizem e pressionem a Secretaria de Educação a rever a medida.
Salários atrasados
O distrital Chico Vigilante (PT) denunciou a falta de pagamento para trabalhadores de limpeza terceirizados na Secretaria de Saúde. “Os trabalhadores estão sem salário e vão entrar em greve a partir de amanhã, deixando os hospitais sem serviço de limpeza. A Secretaria de Saúde não pode ser conivente com a picaretagem dessa empresa chamada BRA, que inclusive já teve sua licitação suspensa pelo Tribunal de Contas”, disse. A reclamação de Chico Vigilante foi ecoada por Leandro Grass, que também criticou a contratação da empresa. “A licitação foi suspensa em 2019, mas a situação de calamidade gerou dispensa de concorrência e essa empresa continua prestando serviço”, apontou.
Eder Wen – Agência CLDF