Agência Brasília* | Edição: Carolina Lobo
A ação foi fruto de acordo de cooperação entre a Administração Regional do Plano Piloto com a empresa, situada na cidade de Votorantim, em São Paulo. Funcionários da empresa irão coletar as bitucas de cigarro, que serão transportadas para a cidade do interior de São Paulo. Lá elas serão transformadas em massa celulósica para uso em artesanatos e devolvidas ao DF para serem utilizadas em projetos sociais do Instituto Cultural e Social no setor.
O diretor-presidente do SLU, Silvio Vieira, visitou a exposição, localizada no térreo do Venâncio Shopping, e elogiou a iniciativa. “Essa ação é muito importante, não só para Brasília, mas para o Brasil inteiro. A reciclagem de bituca de cigarro é um processo inovador que está chegando em Brasília e obviamente que o poder público, através do SLU, tinha que dar todo apoio necessário para que eles pudessem se instalar aqui”, declarou.
Para o idealizador do projeto, Marcos Poiato, o trabalho vai muito além da reciclagem. “Essa tecnologia que foi desenvolvida aqui em Brasília, na UnB, foi para São Paulo. Espalhamos para o Brasil inteiro e agora estamos chegando em Brasília de volta. Fazemos também um trabalho de educação ambiental e de interação com o público para orientá-lo. Nosso programa inclui, ainda, trabalho de inclusão social e renda com instituições que recebem a massa reciclada e produzem artesanato e outros produtos”, explicou.
A administradora regional do Plano Piloto, Ilka Teodoro, disse que esse é também um investimento em educação ambiental. “Inicialmente são 100 coletores e depois disso pode ser ampliado, podendo chegar a 250. É um projeto piloto que também trata de educação ambiental. Isso porque é uma instalação que chama a atenção visualmente e, aos poucos, a gente vai condicionando a população de que aquele local é o local adequado para fazer o descarte correto da bituca”, afirmou.
A Poiato Recicla inaugurou a primeira Usina de Reciclagem de Resíduos de Cigarros do Brasil, agregando processo de logística inovador para coletar e transformar bitucas de cigarro em massa celulósica, que é certificada pela ISO 14001.
Participaram da exposição do projeto o vice-presidente do Instituto Lixo Zero, Kadmo Cortês, a professora da UnB que desenvolveu a tecnologia, Therese Hoffman, e a empresária Natália Pacini, que patrocinou o projeto.
*Com informações do Serviço de Limpeza Urbana