Neste Dia do Escritor, celebrado nesta quinta (25/7), Brasília tem motivos para se orgulhar. Isso porque a obra Labirintos – Parques Nacionais, da bióloga e escritora brasiliense, Nurit Bensusan, foi premiada, recentemente, com o selo “O Melhor para a Criança”, na categoria informativo, pela Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ). O prêmio é considerado o maior voltado para a literatura infantil no Brasil. Labirintos, que já foi adotado em escolas do DF e, inclusive, parques nacionais de outros Estados, oferece aos leitores mirins uma viagem por 12 parques nacionais brasileiros por meio de ilustração diferenciada e curiosidades divertidas. Obra faz parte do projeto de popularização da ciência da autora, que desenvolve jogos de cartas e livros para a criançada de forma personalizada.
Doutora em Educação e mestre em Ecologia, Nurit Bensusan conta como começou a escrever: “Na verdade eu sempre gostei bastante de divulgação cientifica. A ideia de explicar assuntos relacionados à ciência para um público leigo sempre me atraiu, e escrever foi algo que me aconteceu naturalmente. Começou com a oportunidade de escrever um ou outro artigo que eram divulgados em colunas de jornais e sites e em 2000, lancei meu primeiro livro intitulado “Seria Melhor Mandar Ladrilhar?”, relembra a colunista do blog Nosso Planeta, do portal O Globo.
Idealizadora da Biolúdica, empresa que há quase dois anos lança jogos e livros sobre ciências e meio ambiente para o publico infanto-juvenil, Nurit revela que o trabalho com crianças é especialmente gratificante. “O público infantil é diferente do adulto, não só por terem outra forma de se interessar pelas coisas, sem a relação utilitarista que gente grande costuma ter, mas também por terem uma empatia muito forte pelos assuntos ambientais. Conservar essa empatia pode fazer muita diferença para o futuro”, afirma a bióloga que atualmente trabalha em um novo livro de perguntas e respostas, também voltado para os baixinhos.
Para ela, ajudar a popularizar a ciência entre as crianças é um dos trabalhos mais importantes de sua carreira, pois, no Brasil, ainda faltam obras sobre ciência e meio ambiente de qualidade para esse tipo de público. “A maioria das obras de divulgação cientifica, especialmente quando voltadas às crianças, tendem a simplificar ao máximo o tema, tornando-se superficiais e pobres de informações. Acredito que a maneira correta não está em simplificar, mas em manter a complexidade e profundidade do tema, apenas explicando de uma maneira melhor, e mantendo a leitura interessante e agradável”, ressalta.
Reconhecimento
O maior reconhecimento do trabalho de Nurit Bensusan com as crianças veio em março de 2013, quando os livros Labirintos – Parques Nacionais e Quanto Dura um Rinoceronte? foram expostos na Feira de Bolonha, na Itália, a maior feira mundial voltada para literatura infantil. Em maio, a obra Labirintos foi escolhida como a melhor do Brasil, na categoria Informativo, pela Fundação Nacional do Livro Infanto e Juvenil (FNLIJ). Prêmio entregue, anualmente, aos autores dos melhores livros para crianças, é uma espécie de “Oscar” da literatura infantil brasileira. “Escrever para crianças sobre temas biológicos e ambientais é um enorme prazer, e ter o meu trabalho reconhecido pela FNLIJ é muito gratificante”, comemora a pesquisadora ambiental.
Outros trabalhos
Além do sucesso de trabalhos infantis como “Quanto Dura um Rinoceronte?”, obra preferida de Nurit, que é uma resposta biológica ao verso “Quanto dura um rinoceronte depois de ser enternecido?”, de Pablo Neruda; e “Rio+20, 21, 22…”, lançado pela bióloga durante a conferência Rio+20, em 2012, a escritora também possui obras voltadas ao público adulto, como “Meio Ambiente: e Eu com Isso?” e “Biodiversidade: Para Comer, Vestir ou Passar no Cabelo?”.
Sobre Nurit Bensusan
Bióloga e engenheira florestal, pós-graduada em História e Filosofia da Ciência pela Universidade Hebraica de Jerusalém, mestre em Ecologia e doutora em Educação pela Universidade de Brasília (UnB). É autora do blog Nosso Planeta, do jornal O Globo (
http://oglobo.globo.com/blogs/nossoplaneta), uma de suas plataformas de popularização da ciência, e criadora da Biolúdica (http://www.bioludica.com.br), oficina de jogos com temas biológicos voltada para crianças e adolescentes. Participa também do coletivo de ideias Biotrix (http://www.biotrix.com.br). Com mais de 12 livros publicados, entre eles Biodiversidade: é para comer, vestir ou passar no cabelo; Meio Ambiente: e eu com isso?; Quanto dura um rinoceronte?; Rio + 20, +21, +22, +23 (da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência), e Seria melhor mandar ladrilhar? (Editora Universidade de Brasília e Peirópolis) foi responsável pela área de biodiversidade e coordenadora de políticas públicas do WWF Brasil, coordenadora de biodiversidade no Instituto Socioambiental e coordenadora do núcleo de gestão do conhecimento do Instituto Internacional de Educação do Brasil.Mais informações:http://www.bioludica.com
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