“Lute como uma mulher”. Esse foi o tema debatido no evento em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que aconteceu no dia 8 de março, no auditório do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea).
“Precisamos nos fortalecer internamente para sermos fortes para fora, para o mundo exterior, o mundo do mercado de trabalho, da família, da sociedade”, alertou Viviane Aguiar, administradora, gestora de pessoas, analista comportamental e coach que, na manhã de 08 de março, Dia Internacional da Mulher, falou para as empregadas do Confea tocando num aspecto cada vez mais abordado em palestras voltadas para o público feminino: “Nossa força vem de dentro”, afirma. “Enfraquecidas, como teremos força para esse mundo externo? Para termos segurança de nós mesmas, de quem somos, do que somos capazes, temos que ressignificar nossos sentimentos, situações vividas”, ensina.
Com uma palestra que leva o título “Lute como uma Mulher”, e garantindo a atenção e participação dos empregados – boa parte do quadro funcional composto por 207 pessoas, sendo 100 mulheres e 107 homens –, Viviane revelou emoção na voz e provocou emoções que ensinam a viver melhor.
Força, garra, respeito, história, memória
Formando o trio que deu boas-vindas aos participantes, Érica Tenille, gerente de Recursos Humanos, desejou que as mulheres sejam lembradas não apenas no Dia da Mulher e parabenizou pela força e garra de todas. “Muitas com dupla ou tripla jornada de trabalho e sempre com um sorriso no rosto”.
Confessando a timidez, Cristiane Justino, gerente da Região Nordeste, – e que ao lado de Érica ocupa um dos 22 dos 49 cargos entre gerências e chefias de setor do Confea -, agradeceu pelo momento e lembrou que “o respeito deve ser diário”.
Completando o trio, o presidente do Conselho, eng. civil Joel Krüger, foi o último a falar. Lembrou do corpo funcional, que “não por favorecimento e sim pelo merecimento e respeito, é formado por 50% de mulheres”, e fez um pequeno histórico sobre as origens e criação da data: “Este dia marca também a luta das mulheres e, dentro das áreas das engenharias, da agronomia e das geociências, que enfrentam dificuldades para ocupar determinados espaços por conta de mitos preconceituosos, como o que impede as mulheres de construírem túneis”, exemplificou.
Ao se referir ao vídeo produzido pela Gerência de Comunicação, veiculado no site do Confea e nas redes sociais do Sistema Confea/Crea, mostrando Edwiges Homm’eil, primeira engenheira a se formar no Brasil, em 1917, Enedina Alves Marques, primeira engenheira negra do país, Aida Espindola, engenheira química, chefe do laboratório que explorou o primeiro poço de petróleo no Brasil e Ana Maria Primavesi, engenheira agrônoma, pioneira na preservação do solo e recuperação de áreas degradadas, Krüger disse que “foram revolucionárias e grandes guerreiras, como são todas, em qualquer profissão”.
Finalizando sua participação, o presidente do Confea saudou “a origem não comercial da data e lembrou que apesar de todas as lutas e movimentos pela valorização do trabalho feminino, “elas continuam com jornadas diárias de 14 a 16 horas entre todas as atividades. Ainda há muito a se fazer”.
Trabalho de gerações
Uma das fundadoras do Instituto Eu Maior, Viviane Aguiar, 33 anos, natural de Carolina (MA), chegou à sede do Confea acompanhada da mãe, Marlene Aguiar Pedrosa, 62 anos, professora do Ensino Fundamental, já aposentada. Mãe de outros quatro filhos, também maranhense, mas de Porto Franco, Marlene vê “com orgulho” a atuação da filha, “que continua na defesa, desde sempre, pelo reconhecimento do papel da mulher na sociedade”.
Fonte: www.confea.org.br