Novo arcebispo de Brasília pretende manter cultura do diálogo e valorização do próximo

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Em coletiva de imprensa realizada na Cúria Metropolitana de Brasília nesta sexta, 11, o novo arcebispo Paulo Cezar Costa que toma posse neste sábado, 12, pediu aos órgãos de imprensa que o ajudem na divulgação das ações de seu governo pastoral

Neste sábado, 12, o novo arcebispo de Brasília, Dom Paulo Cezar Costa será empossado oficialmente tornando-se responsável por território pastoral que abrange mais de 147 paróquias do Distrito Federal. Durante a coletiva realizada nesta sexta-feira, o bispo falou de seus planos para a igreja em Brasília e falou que o primeiro passo será “conhecer a realidade desta rica igreja, encontrar o que já existe e apontar caminhos para o novo”.

Quando questionado sobre o cenário em que assume a diocese, tanto por conta da proibição dos encontros presenciais por um período quanto outras medidas que as igrejas permanecem se adaptando este ano em razão da pandemia do coronavírus, o novo arcebispo comentou e ressaltou os aspectos positivos trazidos pelo ano atípico: “Por um lado tudo isso reforçou a igreja e a liturgia familiar o que a Igreja vê com bons olhos as famílias voltando a se reunir em oração em seus lares. Aceleramos e aprendemos muito a questão das missas transmitidas e coisas que não imaginamos também”, avaliou Dom Cezar.

Quanto a polarização política que o contexto da pandemia ampliou, o novo arcebispo comentou a posição e discurso que adotará enquanto Arquidiocese: “Atuarei sempre enquanto bispo no fomento de caminhos novos que devem conduzir na direção de mostrar que o outro não é o inimigo, é um irmão. Em sua encíclica Fratelli Tutti, o papa Francisco mesmo destaca: somos todos irmãos. Vivemos em um período em que as diferenças de credo, de raça polarizaram ainda mais a sociedade e o compromisso da igreja nesse contexto nesse cenário é defender a mensagem de que é preciso um caminho de olhar o outro como irmãos”, discorre o novo arcebispo que completa: “A diocese pretende apontar para esse rico patrimônio do evangelho e apontar para caminhos diferentes, direcioná-los a construir pontes e não muros. Promovermos a cultura do diálogo e do encontro, na cultura de valorização e percepção do outro”.

ATUAÇÃO JUNTO AO PODER PÚBLICO PARA FOMENTO DE POLÍTICAS PÚBLICAS

Na ocasião do encontro, o novo arcebispo foi indagado se pretende atuar junto aos Poderes no fomento de políticas públicas. Ao que respondeu que havendo ocasião irá sim atuar, mas sempre resguardado seu papel enquanto bispo e representante da Igreja.

Ainda sobre o tema, Dom Paulo foi indagado pela assessoria do gabinete do deputado distrital João Cardoso, acerca da próxima Campanha da Fraternidade, Fraternidade Ecumênica, se pretendia atuar junto aos poderes no sentido de unir forças para facilitar o diálogo entre as lideranças religiosas do DF. Dom Cezar respondeu que certamente este poderia ser um caminho pois o ecumenismo se baseia justamente em buscar fazer o bem de forma coletiva independente de ideologia religiosa. “A tantas questões nas quais temos que estar unidos, tais como questões ecológicas, questões da preservação da vida, assistência social e até questões advindas da pandemia, assistência espiritual, sustento imediato para essas pessoas que perderam a renda de uma hora para outra agora com a pandemia”, completa.