Foi no ano de 1999 quando a servidora pública Edinilza José dos Santos, de 54 anos, viu o Residencial Vitória, em São Sebastião, nascer. Desde então, acompanhou a evolução do condomínio e as dificuldades inerentes à vida na área rural. Um dos problemas é a infraestrutura de ruas e estradas de terra, e o aumento da preocupação de quem mora por lá a cada aproximação dos períodos de chuva.
A área em que Edinilza morou até março de 2020 é umas das cinco em São Sebastião, que receberá nos próximos dias um material reforçado capaz de melhorar as condições dessas vias de chão batido que se danificam com os temporais – e tornam-se intransitáveis quando não recapeadas.
Isto porque a Administração Regional de São Sebastião recebeu nesta semana aproximadamente dez caminhões de expurgo de brita para recuperar as vias do Capão Comprido, Morro da Cruz, Zumbi dos Palmares, do Bela Vista e do Residencial Vitória. A soma chega a 50 toneladas. A previsão é de que o trabalho de aplicação do material na compactação das vias ocorra ainda este mês, antes do período de chuvas mais frequentes.
O expurgo de brita é um produto composto de pedra britada em tamanhos variados misturado com argila, areia e outros resíduos resultantes do solo e vegetação removidos na preparação do terreno. “É um trabalho preventivo que já fizemos ano passado e que evita a abertura de crateras e erosões”, explica o administrador regional de São Sebastião, Alan Valin.
O material foi doado por uma pedreira e transportado pelas equipes do GDF Presente em caminhões, da Fercal a São Sebastião. Para Edinilza, a ação vai fazer a diferença na vida, principalmente, de quem reside e transita por ruas sem asfalto. “Sem isso, as vias ficam cheias de buracos e tornam-se intransitáveis. Com esse tratamento ficará bem melhor”, aposta.
Mais 200 toneladas
E na Travessa 2 do Lago Oeste, na região administrativa de Sobradinho II, mais 200 toneladas de expurgo de brita começaram a ser aplicadas na rua 00, nesta quarta-feira (14). O ajuste das vias sem pavimentação vai levar qualidade de vida aos moradores e produtores da região que transitam por lá diariamente. As equipes do GDF Presente também iniciaram limpeza das bacias de contenção, a construção de saídas de águas pluviais e o abaulamento da pista – que é fazer curvatura nas bordas da via, conduzindo as águas da chuvas para fora dela.
De acordo com o coordenador do Polo Norte do GDF Presente – responsável por atender o Lago Oeste -, Ronaldo Alves, os ajustes de vias sem pavimentação ganham muito em qualidade do acabamento e durabilidade do serviço quando é possível aplicar as coberturas.
FONTE : HÉDIO FERREIRA JÚNIOR, DA AGÊNCIA BRASÍLIA | EDIÇÃO: RENATA LU