Neste sábado (16/09), aconteceu a 11ª edição da Semana Lago Limpo, no Pontão do Lago Sul, das 8h às 12h. A ação aconteceu no Dia Mundial da Limpeza (World Cleanup Day), movimento cívico que une cerca de 200 países e milhões de pessoas no mundo em um ato de limpeza global.
Realizado pela Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa), em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e Proteção Animal do Distrito Federal (SEMA), a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb) e o Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), o evento foi gratuito e contou com vasta programação socioeducativa para o público geral, além de ter reunido mais de 50 mergulhadores para limpeza das margens e do fundo do Lago Paranoá, com apoio dos Bombeiros e do Batalhão Lacustre e Capitania Fluvial de Brasília.
A programação foi recheada de atividades educativas e ambientais, com dinâmicas relacionadas à limpeza do lago e ao descarte correto de resíduos e passatempos do Adasa na Escola; apresentação teatral do SLU; miniestação de tratamento de água e jogo de tabuleiro gigante da Caesb; aulas de zumba; entre outros. Também houve atendimento comunitário sobre descarte de resíduos, preservação dos recursos hídricos, entre outros temas. O público contou ainda com a unidade móvel de água da Caesb para hidratação. E os mascotes Gotita, Cristal, Garizito e Caninópolis estiveram presentes para a alegria da garotada.
Ao final do evento, o SLU fez o diagnóstico dos resíduos retirados do lago, pesagem e separação para a correta destinação, seja reciclagem ou aterro sanitário.
A Semana do Lago Limpo tem como objetivo alertar e conscientizar a comunidade para o descarte correto de resíduos e a importância da preservação dos recursos hídricos. Neste ano, o evento ganhou ainda mais destaque, ao ser incluído no calendário oficial do Governo do Distrito Federal. É o que prevê o Projeto de Lei 550/2023, apresentado pelo deputado Pepa, na Câmara Legislativa do Distrito Federal.
Conheça o processo de despoluição do Lago Paranoá
Criado em 1959, o Lago Paranoá tem uma história de superação: passou do pior exemplo de represa brasileira poluída, entre as décadas de 1960 e 1980, ao melhor reservatório urbano tropical com a qualidade da água recuperada, a partir do final da década de 1990.
A Caesb buscou, em todo o mundo, metodologias que pudessem identificar com exatidão as causas do problema e alternativas que pudessem recuperar o Lago Paranoá para a sociedade. Após estudos feitos, em conjunto com consultores de alguns países, como Suécia, Japão, África do Sul e Hungria, foram identificados problemas como assoreamento e contaminação das águas devido ao lançamento de esgotos sem tratamento no Lago Paranoá.
A partir de então, foi criado o Grupo de Estudos de Poluição (GEP) em 1974, e firmado um acordo entre o GDF, o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização Mundial de Saúde (OMS) e Secretaria Especial de Meio Ambiente, que objetivou implementar estudos e pesquisas sobre o lago, além de promover o avanço tecnológico da Caesb.
As Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) Sul e Norte foram as principais estruturas do Programa de Recuperação do Lago Paranoá e as primeiras estações de tratamento de esgotos terciárias da América Latina, com investimentos na ordem de US$250 milhões.
O sucesso do Programa de Despoluição do Lago Paranoá possibilitou transformar um corpo receptor de esgotos em um novo manancial de água para a população do Distrito Federal, além de ser utilizado para esportes náuticos, pesca recreacional e atividades de lazer.
*Com informações da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento Básico do Distrito Federal (Adasa)