Chefe da psiquiatria do Hospital de Base do DF destaca a relevância do diagnóstico precoce para um tratamento eficaz.
Por Pollyana Cabral
O estigma associado à saúde mental continua a ser um desafio significativo, muitas vezes atrasando a busca por ajuda e o entendimento de que o sofrimento pode ser parte de uma condição médica. O chefe da psiquiatria do Hospital de Base do Distrito Federal, Dr. Sérgio Cabral, ressalta a persistência desse estigma e destaca a importância do diagnóstico rápido para um tratamento eficaz.
“O que acontece é que existe um estigma em relação à saúde mental, de uma forma geral, e à doença mental. Esse estigma continua presente, embora haja melhorias perceptíveis. Para muitas pessoas, entender e aceitar que estão enfrentando uma doença mental pode levar tempo,” afirma o Dr. Cabral.
O diagnóstico precoce é identificado pelo especialista como o ponto de partida mais no cuidado da saúde mental. “É o que vai garantir um melhor direcionamento aos profissionais de saúde. Antes de iniciar o tratamento, é fundamental realizar o diagnóstico, pois isso evita que a doença se agrave e se intensifique. Diagnosticar rapidamente é o primeiro passo para um tratamento mais eficaz,” explica o chefe da psiquiatria.
Apesar de observar melhorias na percepção social em relação à saúde mental, o Dr. Cabral destaca que o estigma ainda persiste. “Por vezes, percebemos melhorias, mas mesmo assim ele está presente. Portanto, é crucial continuar trabalhando para reduzir esse estigma, conscientizando a sociedade sobre a importância do cuidado mental e incentivando a busca por ajuda sem receios.”
O chefe do serviço de psiquiatria enfatiza a necessidade de abordar as doenças mentais com a mesma seriedade que as físicas, promovendo um ambiente em que a busca por auxílio seja encorajada e compreendida. “O diagnóstico inicial rápido é o melhor caminho, pois impede que a doença se agrave, intensifique. É muito importante garantir que esse diagnóstico seja feito da melhor maneira possível, proporcionando um suporte adequado aos pacientes desde o início do tratamento.” E reitera a mensagem de que superar estigmas começa com a compreensão, aceitação e ação.