Objetivo é identificar situações de violência e divulgar canais de denúncia
Como parte das ações de enfrentamento da violência doméstica e familiar da Área de Segurança Prioritária (ASP), projeto lançado pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP), foi iniciada a capacitação de lideranças religiosas e sociais nesta semana. Cinquenta e sete inscritos passarão por aulas on-line e presencial até a próxima sexta-feira (16).
O objetivo é capacitar líderes e articuladores sociais a identificar situações de violência e a fazer os encaminhamentos à rede de atendimento e de denúncia, quando necessário. A ação integra a Aliança Distrital de Instituições Religiosas e Sociais, lançada em fevereiro.
“Essas lideranças serão capacitadas para atuar como multiplicadores dentro da Estrutural. Esta é mais uma entrega da ASP e faz parte da programação específica de enfrentamento da violência de gênero, pauta prioritária para a segurança pública. Para isso, estamos em constante busca por novas parcerias e as lideranças religiosas atuam de forma muito próxima com a população. Esta é, sem dúvida, uma forma de fortalecimento das ações e serviços já empregados”, explica o secretário de Segurança Pública, delegado Júlio Danilo.
A Aliança Distrital de Instituições Religiosas e Sociais é um projeto que busca prevenir a criminalidade envolvendo crianças, meninas, mulheres e demais grupos vulneráveis, como o dos idosos.
Parte do curso – correspondente a três aulas – será presencial. Os encontros serão realizados de acordo com os protocolos de segurança sanitária preconizados pelos órgãos oficiais de saúde.
As aulas presenciais serão ministradas por servidores da Subsecretaria de Prevenção à Criminalidade (Suprec), da SSP. Os encontros virtuais serão realizados por meio de aplicativos.
De acordo com o subsecretário de Prevenção à Criminalidade, Sávio Ferreira, a meta é capacitar as lideranças para trabalhar em rede na prevenção da violência a públicos vulneráveis.
“A SSP tem atuado de forma preventiva e, por isso, é essencial buscar parcerias com os diversos setores da sociedade. Por meio de exposições de diversos especialistas na temática, será oportunizado aos participantes conhecimentos relacionados à identificação dos diversos tipos de violências, à legislação de proteção da mulher, bem como à rede de atendimento, fortalecendo, desta forma, a participação social nas ações qualificadas de segurança pública”, afirma.
A coordenadora do curso e diretora de Prevenção Social das Mulheres da Suprec, Deise Lucy, explica que a capacitação ocorrerá em outras regiões administrativas: “O objetivo é levar este curso para outras regiões. Queremos não apenas levar conhecimento para os líderes e ativistas que atuam na defesa e valorização das mulheres, mas entender melhor a dinâmica da violência nessas regiões e, juntos, propor ações efetivas de anseio da comunidade quanto à segurança pública nos territórios”.
O coordenador da Câmara Técnica de Monitoramento de Homicídios e Feminicídios (CTMHF), delegado Marcelo Zago, foi um dos palestrantes da aula inaugural do curso.
“Sem dúvida, é necessário, paralelamente às ações repressivas, também o comprometimento com o aspecto educacional. Nesse sentido, em se tratando de violência doméstica e familiar contra a mulher, tema que ministrei na aula inaugural, é importante informar a população de seu papel imprescindível em denunciar, mesmo que anonimamente”, argumenta.
Na avaliação de uma das alunas matriculadas no curso, Joaquina Barbosa, a ação é essencial para as moradoras da Estrutural. “Essa cidade precisa, as mulheres daqui precisam desse apoio, e essa ação da Secretaria de Segurança poderá nos dar esse direcionamento, para que possamos ajudar outras mulheres”, diz.
Fonte: Agência Brasília, com informações da SSP