Editora brasiliense lança livros de autores e autoras premiados (as)
com temáticas socioambientais para crianças e adultos
com temáticas socioambientais para crianças e adultos
Obra da bióloga brasiliense Nurit Bensusan, finalista do Prêmio Jabuti em 2013, é
um dos destaques. Evento é gratuito e destinado ao público acadêmico e leigo
um dos destaques. Evento é gratuito e destinado ao público acadêmico e leigo
A difusão de conteúdos sobre a relação entre sociedade, meio ambiente e sustentabilidade ganha força com os novos títulos da editora Mil Folhas, do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). As obras Práticas e Saberes sobre Agrobiodiversidade – A Contribuição de Povos Tradicionais, Paisagens em Transe: Ecologia da Vida e Cosmopolítica Pataxó no Monte Pascoal, e Biodiversidade: Tesouro Real ou Maldição Tropical? (infanto-juvenil), serão lançadas no próximo sábado (23/6), às 16h30, no Ernesto Cafés Especiais, em Brasília (DF). A entrada é franca e a classificação livre.
Recém agraciado pelo Prêmio Juliana Santilli (Instituto Socioambiental, Associação Bem-Te-Vi Diversidade e IEB), Práticas e Saberes sobre Agrobiodiversidade – A Contribuição de Povos Tradicionais faz parte da coleção Mil Saberes e é assinado por Ana Gabriela Morim de Lima, Igor Scaramuzzi, Joana Cabral de Oliveira, Laura Santonieri, Marilena de Arruda Campos e Thiago Mota Cardoso, – especialistas, pesquisadores e pesquisadoras da área socioambiental. A obra, com projeto gráfico da Supernova Design e ilustração de Sylvia Bahri, é resultado de ensaios e estudos que abordam a conservação da agrobiodiversidade (diversidade de plantas agrícolas), aprofundando a compreensão dos conhecimentos das populações indígenas, quilombolas e tradicionais associados às plantas cultivadas e manejadas.
“Este livro traz formas de viver agrobiodiversas, pelo qual Juliana Santilli (advogada, jornalista e pesquisadora) lutava e contribuiu para construir. É uma obra que traz várias agriculturas de pesquisadores engajados em diferentes contextos etnográficos junto a povos indígenas, comunidades tradicionais e instituições públicas de pesquisa. Seguindo os caminhos e trilhas deixados por Juliana, espero com esta obra coletiva e interdisciplinar, contribuir para evidenciação e reconhecimento público e jurídico dos sistemas agrícolas minoritários e suas importâncias na criação e manutenção da agrobiodiversidade.”, afirma a escritora e bióloga Marilena de Arruda Campos.
Em Paisagens em Transe: Ecologia da Vida e Cosmopolítica Pataxó no Monte Pascoal, também da coleção Mil Saberes, Thiago Mota Cardoso aborda as origens e o desenvolvimento das paisagens bioculturais no Monte Pascoal, localizado próximo ao município de Itamaraju, no Estado da Bahia. Segundo o autor, o texto é fruto de sua experiência intensa de pesquisa e engajamento após inúmeras caminhadas em trilhas e lugares junto ao povo indígena Pataxó ao longo de dez anos, em trabalhos de assessorias em etnomapeamentos, estudos e formações. A obra possui projeto gráfico da Supernova Design e ilustração de Sylvia Bahri, e faz parte da tese de doutorado em antropologia do escritor e biólogo, rendendo o Prêmio Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação em 2017, com menção honrosa.
“Toda tese acadêmica ou livro publicado, ao sair de nossas mãos, adentra em outros circuitos, e continua sua vida por outros caminhos. Por isto, a escrita deve ser responsável e eticamente orientada. Foi nesse sentido que fiz a pesquisa e escrevi a etnografia que gerou esta obra com o carinho de quem deseja que ela contribua com o conhecimento da antropologia, que evidencie a contribuição ecológica dos povos indígenas, tenha papel importante na compreensão do entrelaçamento entre diferentes modos de vida humanas e de outras espécies, e que, principalmente, possa adentrar nos circuitos cosmopolíticos da sustentabilidade, favorecendo as lutas cotidianas dos Pataxós e de outros povos indígenas para existir e viver bem, e das vidas que com eles compartilham suas paisagens”, comenta.
Diversão e aprendizado
Escritora de grande repercussão da cidade, a bióloga brasiliense Nurit Bensusan, finalista do Prêmio Jabuti em 2013, conclui a coleção do selo Mil Folhas e Três Joaninhas com a obra Biodiversidade: Tesouro Real ou Maldição Tropical?. A intenção da autora com as 48 páginas de seu nono título infanto-juvenil é propor, por meio de informações, ilustrações e curiosidades divertidas, a reflexão dos leitores acerca da compreensão da nossa existência como parte da natureza, e não como uma espécie dissociada do resto do planeta.
As diversas relações da biodiversidade com as pessoas e os lugares são desvendadas com uma linguagem simples e criativa, passando pelos dilemas atuais que envolvem o tema com a moda, a tecnologia, a arquitetura, a indústria farmacêutica, a alimentação, a música, o vestuário, etc. O desaparecimento e o surgimento de espécies e o impacto socioambiental da perda da biodiversidade no mundo também são abordados no livro, que conta com ilustrações e projeto gráfico do escritório de design Grande Circular.
“Eu já escrevi um livro, destinado ao público adulto, com essa abordagem, o Meio Ambiente: e eu com isso?. Agora, volto a esse tema com enfoque nas crianças, pois essas, com sua curiosidade e com a empatia que em geral apresentam com as questões ambientais, podem se divertir bastante com o livro, aprender muitas coisas novas e, com sorte, se engajar na defesa da nossa biodiversidade e dos povos que tem sua vida intimamente ligada a ela, como os índios, quilombolas e diversas outras comunidades tradicionais.”, explica a escritora, ganhadora do prêmio da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil – O Melhor para Criança, em 2013, na categoria Livro Informativo com o título Labirintos – Parques Nacionais (editora Peirópolis).
Ao concluir a coleção de quatro volumes, que inclui Dividir para quê? Biomas do Brasil (Nurit Bensusan, 2015), Cerrado: bioma torto? (Nurit Bensusan, 2016), e Quantas Estrelas Existem no Mar (Ana Paula Prates e Eneida Eskenasi, 2017), Bensusan fala sobre a sua expectativa com o lançamento e próximos projetos.
“Eu gosto muito da coleção e acho que ela preenche uma lacuna entre os livros para crianças, abordando temas esquecidos, como os biomas brasileiros, o cerrado, o mar e, agora, a biodiversidade. Por outro lado, é hora de fazer coisas novas. A coleção se completa e fica aí, à disposição dos leitores, de professores e de escolas que queiram adotá-la.”, comenta.
“Temos muitos projetos em conjunto, a Mil Folhas e eu. O mais próximo de se tornar realidade é um livro para crianças sobre o desastre de Mariana, também com a intenção de preencher uma lacuna, pois não há livros infantis sobre o tema e a reflexão sobre o que aconteceu precisa se dar por todos os brasileiros, inclusive as crianças de hoje que tomarão as decisões que moldarão nosso futuro amanhã.”, antecipa a autora, homenageada junto com Ziraldo na 8ª edição da Festa Literária de Pirenópolis, em 2016.
Conheça a editora Mil Folhas do IEB:
Conheça o Prêmio Juliana Santilli:
Serviço:
Data: 23 de junho de 2018 (sábado)
Hora: 16h30
Local: Ernesto Cafés Especiais
Endereço: CLS 115 Bloco C, loja 14 – Asa Sul / Brasília (DF)
Informações/Vendas: (61) 3248-7449 Editora Mil Folhas http://livraria.iieb.or g.br/
Valores:
Práticas e Saberes sobre Agrobiodiversidade – A Contribuição de Povos Tradicionais
R$ 50,00 / Com 208 páginas
Paisagens em Transe: Ecologia da Vida e Cosmopolítica Pataxó no Monte Pascoal
R$ 60,00 / Com 428 páginas
Biodiversidade: Tesouro Real ou Maldição Tropical?
R$ 45,00 / Com 48 páginas
BIOGRAFIAS:
Marilena de Arruda Campos: Bióloga, doutora em Ecologia Aplicada na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, com graduação em Ciências Biológicas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005) e mestrado em Biologia (Ecologia) pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (2008). Consultora da Unesco/Funai sobre Elaboração de estudo de natureza ambiental e propostas de ações de gestão ambiental e territorial, com enfoque no etnodesenvolvimento, no monitoramento do território e na conservação ambiental voltadas para salvaguardas das comunidades indígenas situadas no sul da Bahia.
Thiago Mota Cardoso: É biólogo, mestre em ecologia pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, com doutorado em Antropologia Social pela Universidade Federal de Santa Catarina. Atualmente é pesquisador na Universidade Federal da Bahia com o projeto Etnografias no/ do antropoceno: vida, paisagens e cosmopolíticas ameríndias e professor da Escola Superior de Conservação e Sustentabilidade. Investiga e atua em temas que perpassam a interface entre humanidade e ecologia, etnologia ameríndia e afroindígena, ecologia política, cartopráticas, terra e territorialidades, vida e biossocialidades, percepção do ambiente e antropoceno, patrimônios bioculturais e educação intercultural.
Nurit Bensusan: É uma ex-humana. Diante dos descalabros da nossa espécie, desistiu de ser humana e tenta, no momento, se tornar uma libélula, mas continuar bióloga. Além disso, é engenheira florestal, com mestrado em Ecologia e doutorado em Educação em Ciências pela Universidade de Brasília. Trabalha com conservação da biodiversidade em áreas protegidas há mais de 25 anos e possui uma longa experiência de reflexão e pesquisa sobre temas relativos à conservação das paisagens e ao acesso aos recursos genéticos e aos conhecimentos tradicionais. Já trabalhou em várias instituições, como o Instituto Socioambiental (ISA), o WWF Brasil e o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). Foi, ainda, professora visitante da Universidade de Brasília, por dois anos. Hoje é coordenadora-adjunta do Programa de Direito e Política Socioambiental do Instituto Socioambiental (ISA) e pesquisadora do Laboratório de Antropologia da Ciência e da Técnica da Universidade de Brasília. É autora de vários livros técnicos e ainda de nove livros infantis sobre temas ambientais, como o ganhador do Prêmio Malba Tahan da Fundação Nacional do Livro Infantil e Juvenil (FNLIJ), também finalista do Prêmio Jabuti em 2013, com “Labirintos – Parques Nacionais” (editora Peirópolis); “Quanto dura um rinoceronte?” (editora Peirópolis/2012), agraciado com o selo “altamente recomendável”, “Dividir para quê? Biomas do Brasil”, “7 Histórias de paisagens e uma biografia”, ambos publicados em 2014 pela Editora Mil Folhas, e “Todo dia é dia de Bia”, publicado em 2017 pela mesma editora. Assina, também, o blog “Planeta Bárbaro”, (http://planetabarbaro.com.br) , faz parte do coletivo de ideias Biotrix (www.biotrix.com.br) e foi a criadora da Biolúdica, uma oficina de criação de jogos biológicos (www.bioludica.com.br) .
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Clarice Gulyas
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