MAPA e Agro Indígena inauguram Câmara Temática da Produção Indígena Sustentável: um marco histórico para o Brasil

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A agricultura indígena acaba de ganhar um espaço inédito dentro das políticas públicas nacionais. No dia 25 de novembro de 2026, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), em parceria com o Agro Indígena, inaugurou a Câmara Temática da Produção Indígena Sustentável — uma conquista histórica para os povos indígenas que desejam produzir com autonomia, reconhecimento e sustentabilidade.

A criação dessa Câmara representa muito mais do que uma nova instância de debate: é o início de um novo ciclo para a agricultura indígena no país, integrando tradição, saber ancestral e políticas de desenvolvimento.


Por que essa Câmara é tão importante?

A presença de uma Câmara Setorial específica para produtores indígenas dentro do MAPA simboliza avanço, inclusão e respeito. Entre os benefícios diretos, destacam-se:

🔹 Representação e participação
Pela primeira vez, agricultores indígenas terão voz ativa dentro do próprio MAPA, garantindo que suas demandas sejam realmente consideradas em decisões estratégicas.

🔹 Políticas públicas específicas
A Câmara permitirá a construção de políticas pensadas para a realidade indígena — respeitando territórios, culturas e modelos próprios de produção.

🔹 Acesso a recursos e assistência
Com esse novo canal, será possível ampliar o acesso a crédito, tecnologia, capacitação e assistência técnica, fortalecendo a produção sustentável nas aldeias.

🔹 Valorização da agricultura indígena
O espaço contribui para o reconhecimento do papel dos povos indígenas na segurança alimentar, na proteção ambiental e na produção de alimentos saudáveis.

🔹 Integração entre políticas
A iniciativa aproxima a política agrícola das políticas indígena, ambiental e de desenvolvimento rural, permitindo ações mais eficientes e sustentáveis.


Irisnaide Macuxi assume a presidência

Durante o evento de inauguração, Irisnaide Macuxi foi oficialmente nomeada presidente da Câmara Temática, um reconhecimento de sua trajetória, liderança e compromisso com a autonomia produtiva dos povos indígenas.

A solenidade contou também com a presença de:

  • Leandro Lima, coordenador-geral da Câmara Setorial,

  • Elisangela Lima, presidente nacional do Agro Indígena,

  • lideranças como Ronaldo Zokezomaiake,

  • além de representantes de diversas regiões do Brasil e apoiadores da causa.

A união de tantas vozes fortalece a legitimidade da nova Câmara e demonstra que o movimento agroindígena está organizado, amadurecido e pronto para ocupar seu espaço nas políticas públicas do país.


Um passo decisivo rumo ao desenvolvimento sustentável

A criação da Câmara Temática da Produção Indígena Sustentável não apenas reconhece a capacidade produtiva dos povos indígenas, como também reafirma o compromisso do Brasil com modelos sustentáveis, inclusivos e inovadores de agricultura.

Mais do que uma ação administrativa, trata-se de um gesto simbólico e político que abre portas, amplia horizontes e pavimenta um futuro no qual tradição e tecnologia caminham juntas.

O Blog do Fidelis segue acompanhando e apoiando iniciativas que promovem justiça, sustentabilidade e respeito aos povos que sempre cuidaram da nossa terra.