O Fantasma do Apagão!
Por Artur Bueno de Camargo
Presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação (CNTA) e vice-presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação do Estado de São Paulo
Foto: Renato Alves
Todos têm grande preocupação quando deparam com os noticiários que informam a possibilidade de ocorrência de um apagão. Os adultos preocupam-se com os produtos perecíveis em suas geladeiras e freezers e, principalmente, com a segurança, pois o apagão torna as ruas, as praças, os locais de parada de ônibus e nossas residências muito mais vulneráveis.
Ainda hoje, mesmo algumas crianças se preocupam, pois, têm medo de fantasmas, bruxas e monstros de outros mundos. Neste quesito, atualmente, talvez alguns adultos tenham mais medo do que as crianças desta geração! Quem não se lembra da terrível mula sem cabeça? Mas, a notícia de um possível apagão causa maior pânico no Governo, porque ele sabe que esta situação traz um prejuízo enorme para a sociedade, para o desenvolvimento do país, causa insegurança e o desgaste político é incalculável.
A preocupação da cúpula governamental é tanta que neste início de ano, quando a presidente Dilma reuniu-se com os responsáveis pelo setor de energia elétrica, para uma análise da situação e de possíveis falhas no sistema, foi reiteradamente dito, principalmente pelo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, que “não há nenhum risco de desabastecimento de energia”. Entretanto, a questão, na verdade, é preocupante. O país não cresceu no ano passado e já acendeu uma luz amarela de alerta, então, se tivesse crescido os 4% previstos no início de 2012, qual seria o quadro atual em relação à energia?
O governo poderia até argumentar no sentido de que a preocupação com o setor de energia só existe em virtude da alta no consumo, num momento em que os reservatórios das hidrelétricas estão com o nível mais baixo dos últimos anos. Ora, um Governo que trabalha com objetivo do país crescer, e temos acreditado que esta é uma das metas da presidente Dilma, precisa criar estrutura para viabilizar este crescimento, principalmente nas áreas de transporte e energia! Mas, o que temos visto, hoje, é um Governo que recorre a alternativas emergenciais, utilizando as térmicas construídas no Governo FHC (período em que foi racionada a energia – 2001/2002).
E os empresários, estão confiantes este ano, para investirem ou estão preocupados com a possibilidade de limitação de energia num futuro próximo? O gerente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Cristiano Prado, já se pronunciou, demonstrando sua preocupação. No estado de São Paulo, Paulo Skaf, presidente da Federação das Indústrias, que na última eleição foi candidato ao governo do Estado, pelo PSB, hoje no PMDB, partido do vice-presidente da República, num gesto entusiástico, tem aparecido nas propagandas, pela TV, destacando a “conquista da sociedade, perante a presidente Dilma, de redução da taxa de energia”.
Sobre a provável crise no setor, será que ele está preocupado?
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