Foto: Vladimir Luz/Gab. Doutora Jane
A Câmara Legislativa realizou sessão solene nesta quinta-feira (20) em homenagem ao Dia do Policial Civil do DF, comemorado em 21 de abril. De iniciativa da deputada Doutora Jane (Agir), delegada de carreira, o evento ocorreu no auditório da Direção-Geral da Polícia Civil do DF (PCDF) e contou com entrega de moções de louvor a servidores da Instituição. “Aprendi cada lição, guardei cada experiência e me forjei policial civil do DF. E ainda, quando for veterana, guardarei e exibirei com orgulho os aprendizados que fazem de nós uma categoria única”, discursou a parlamentar.
A presidente da associação brasiliense dos papiloscopistas, Maira Alves Pereira, destacou a representação feminina no evento, agradecendo a iniciativa da homenagem a Doutora Jane, que é também presidente da Comissão de Segurança e Procurada da Mulher. “A gente desempenha um trabalho tão difícil e a sociedade só lembra disso quando precisa da gente”, afirmou Pereira. Ela também defendeu a recomposição salarial dos policiais civis do DF.
Para a presidente do Sindicato dos Delegados da PCDF, Cláudia Alcântara, a solenidade representou “um momento histórico” para a categoria. Ela destacou o papel dos distritais no apoio à luta dos policiais civis, em especial Doutora Jane e o presidente da Casa, Wellington Luiz (MDB): “Não tem como conseguirmos o que nós estamos em busca sozinhos”.
Representando o delegado-geral da PC, Robson Silva, o delegado-geral adjunto Benito Galiani Tiezzi disse que a PCDF é “sem dúvida” a melhor polícia do Brasil, destacando a importância da valorização dos servidores. “Não adianta nada compra computador, arma, viatura, softwares, hardwares, se não investir no policial. É ele e a sua exação que resolve”. Tiezzi também agradeceu a homenagem Doutora Jane: “É uma honra ter uma sessão da Câmara aqui dentro”.
O presidente da Associação Brasiliense de Medicina Legal, Malthus Galvão, disse que o Instituto Médico Legal (IML) está “24 horas por dia de olhos atentos aos vulneráveis, especialmente crianças e mulheres”. Ele reforçou que o IML trabalha conjuntamente com os institutos de Criminalística, Papiloscopia e de DNA forense, para oferecer “a melhor reposta técnica”.
O diretor do Departamento da Polícia Técnica, Raimundo Cleverlande de Melo, afirmou que a gestão tem “olhar totalmente voltado para a valorização do servidor”. Ele também destacou os investimentos em instalações e tecnologia. “Só nesses primeiros cem dias, apenas no Instituto de Criminalística, foram investidos mais de R$ 10 milhões; no Instituto de Identificação, R$ 5 milhões; no Instituto de DNA Forense temos um investimento maciço ali de R$ 3 milhões”, relatou. Cleverlande contou que, em 72 horas, a PC realizou 1500 exames cautelares dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro. “Não tem instituição nenhuma no mundo que tenha participado de um processo desse e dado essa resposta de qualidade”, argumentou.
O presidente da Associação dos Delegados de Polícia da PCDF, Amarildo Fernandes, agradeceu a Doutora Jane pela homenagem “que, mesmo simbólica, é muito importante”. Ele também ressaltou a importância da valorização salarial: “A gente sabe que o reconhecimento de fato só virá quando a gente tiver a justa recomposição que já nos é devida há tantos anos. Vamos em busca dela”.
O diretor do Sindicato dos Policiais Civis do DF, Diego Vaz, defendeu a valorização dos servidores da instituição, com a recomposição salarial, e agradeceu pela iniciativa que simbolizou o reconhecimento da categoria. “Vocês, homenageados, representam a excelência da nossa instituição. Homens e mulheres que honram o seu mister, o seu trabalho, o seu serviço. Vocês modificam vidas, vocês levam acalento aos que foram infligidos por nossa violência urbana. Vocês previnem que pessoas sejam vítimas da violência”, afirmou.
Para o presidente da Associação Nacional dos Delegados de Polícia Judiciária, Thiago Frederico Costa, já existe um reconhecimento da PCDF e a valorização, com a recomposição salarial, “está próxima a acontecer”. Ele destacou a luta pela aprovação da Lei Geral da Polícia Civil e pelo fortalecimento da própria PCDF. “Não existe carreira forte com instituição fraca”, ressaltou.
Mario Espinheira – Agência CLDF