Catarina Lima, da Agência Brasília I Edição: Débora Cronemberger
A duração do tratamento é de quatro semanas, mais manutenção. O fumante pode participar de grupos abertos e fechados, sendo que nos abertos a adesão ao grupo pode se dar depois do tratamento iniciado. Já os grupos fechados não aceitam participantes depois que os trabalhos tenham começado.
O Programa de Controle do Tabagismo existe no DF desde 1996, mas somente a partir de 2006 tiveram início os atendimentos e pesquisas, de acordo com o Vigitel, que monitora a frequência e a distribuição de fatores de risco e proteção para doenças crônicas não transmissíveis em todas as capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal.
Grupos abertos
No DF, o combate ao tabagismo é feito pela Gerência de Vigilância de Doenças e Agravos Não Transmissíveis e Promoção à Saúde (Gvdantps), da Secretaria de Saúde (SES). Em 2022, o número de pessoas tratadas foi de 1.467, sendo 636 homens e 831 mulheres. Cada grupo tem de 10 a 20 participantes, sendo o maior número nos grupos abertos, que aceitam novos pacientes mesmo após o início do tratamento.
Embora o tratamento do tabagismo siga as diretrizes e protocolos estabelecidos pelo Instituto Nacional do Câncer (Inca), os grupos abertos foram criados na UBS do Cruzeiro.
“Os grupos abertos são muito procurados e úteis. Se acontecer de a pessoa procurar ajuda e não encontrar, pode desistir de parar de fumar. Não seria bom ter que esperar a abertura de um novo grupo para iniciar o tratamento”, explicou o assistente social da Gvdantps, Saulo Viana. Segundo ele, o percentual de pessoas que conseguem parar de fumar é de 30%. “Quem deixa de fumar costuma fazer, em média, quatro tentativas”, frisou o assistente social.
No início do tratamento é medido o nível de dependência à nicotina de cada pessoa por meio do Teste de Fagerström. Depois de quatro semanas participando dos grupos, o paciente inicia a manutenção. Nesta fase, a ida aos grupos pode ser quinzenal ou a cada 30 dias.
Cada grupo conta com o trabalho de dois profissionais da Secretaria de Saúde, que podem ser assistentes sociais, enfermeiros e psicólogos ou qualquer outro profissional de nível superior que tenha sido capacitado pelo Inca para realizar os grupos. Se for necessário, um médico da SES intervirá para prescrever medicação aos que apresentarem problemas de abstinência.