Diálogo é essencial para garantir equilíbrio entre conservação ambiental e atividades no Lago Paranoá
Na última segunda-feira (3/2), os presidentes das associações DF Sub, Marcelo Reisman e Apshark-DF, Marcos Honório, estiveram reunidos com o subsecretário de pesca da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, Edson Buscacio, e com o assessor Carlos Eduardo Porto. O encontro teve como objetivo protocolar um pedido formal para que as entidades participem ativamente das discussões sobre a regulamentação da Lei 7399/2024, que trata das normas para a pesca no Lago Paranoá.
A vice-governadora do DF, Celina Leão, também destacou a importância do debate aberto com os setores envolvidos. “Estamos comprometidos em construir uma regulamentação equilibrada, que preserve o meio ambiente e, ao mesmo tempo, respeite os pescadores e mergulhadores que utilizam o Lago Paranoá. O diálogo com as associações é essencial para que tenhamos um regramento justo e eficiente”, afirmou.
De acordo com representantes das associações, a regulamentação da pesca é um tema de grande importância para os pescadores e mergulhadores esportivos do DF, uma vez que impacta diretamente a sustentabilidade e o uso responsável do Lago Paranoá. A busca por um diálogo aberto com o poder público visa garantir que as decisões contemplem as necessidades dos praticantes da pesca esportiva e subaquática, respeitando ao mesmo tempo a preservação ambiental.
”A sustentabilidade dos nossos recursos hídricos e a preservação da fauna aquática são prioridades do Governo do Distrito Federal. A nova legislação garante que a pesca ocorra de maneira ordenada, respeitando os limites ambientais e garantindo a recuperação dos estoques pesqueiros, afirma o secretário do Meio Ambiente do DF, Gutemberg Gomes.
A Lei 7399/2024 ainda está em processo de regulamentação por grupo de trabalho, e as associações acreditam que sua participação pode contribuir para um debate mais equilibrado e fundamentado. “Queremos assegurar que as regulamentações sejam justas e bem estruturadas, levando em consideração tanto a preservação do ecossistema aquático quanto o direito dos pescadores e mergulhadores que utilizam o lago de forma sustentável”, completa Marcelo Reisman, presidente da associação DF Sub.
As entidades defendem que a regulamentação deve ser elaborada com a participação de todos os setores envolvidos. Elas argumentam que a pesca deve coexistir com a conservação ambiental e outras práticas esportivas, como o mergulho.
O Lago Paranoá é um dos principais pontos turísticos e de lazer do Distrito Federal, sendo amplamente utilizado para esportes náuticos, pesca e mergulho. Nos últimos anos, o aumento da atividade pesqueira tem gerado debates sobre a necessidade de regulamentação para evitar impactos ambientais negativos e garantir o uso ordenado do espaço.
Com a solicitação formalizada, as associações aguardam um posicionamento do governo do DF sobre sua inclusão nas próximas etapas das discussões. A expectativa é que o diálogo entre sociedade civil e autoridades resulte em um regulamento equilibrado, que favoreça tanto a preservação ambiental quanto o desenvolvimento das atividades recreativas e esportivas no Lago Paranoá.
Por Hudson Portella.