Para enfrentar a alta demanda de crianças com doenças respiratórias entre janeiro e junho, a Pediatria do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) elaborou um plano de contingência. O plano foi apresentado aos gestores da Secretaria de Saúde do DF responsáveis pela Região de Saúde Sul, que inclui Gama e Santa Maria. A superintendente do HRSM, Eliane Abreu, destacou a necessidade do apoio de todos os níveis de atenção para garantir que nenhuma criança fique sem atendimento durante a sazonalidade.
Em 2024, houve um aumento de 12,97% nos atendimentos no pronto-socorro infantil do HRSM, principalmente devido à epidemia de dengue que acometeu as crianças. Mesmo após a redução dos casos de dengue, a demanda por atendimento pediátrico permaneceu alta devido às infecções virais respiratórias. A chefe do Serviço de Pediatria do HRSM, Débora Cruvinel, informou que houve a necessidade de ampliar os leitos e criar uma terceira ala de internação, chamada Ala C, com oito leitos.
Uma das ações propostas no plano de contingência é a criação da Rota Amarela no Ambulatório do HRSM, que visa direcionar pacientes de baixa complexidade para o ambulatório, reduzindo a demanda no pronto-socorro infantil. Além disso, foi proposta a atuação dos médicos das UBSs da Região Sul para atender casos menos graves, garantindo atendimento em horário flexível. Para os casos que necessitam de internação e suporte de oxigênio, a ideia é direcioná-los ao HRSM, com ambulância à disposição para transferências rápidas.
Os gestores da Atenção Primária se comprometeram a atender pacientes pediátricos classificados como amarelo, garantindo que, após o atendimento inicial, as crianças sejam encaminhadas à sua origem para que outras mais graves possam ser atendidas. O superintendente de saúde da Região Sul, Willy Filho, destacou que a sazonalidade respiratória aumenta em pelo menos 10% a cada ano, sendo crítico e preocupante. A rede de saúde precisa ajudar com leitos de UTI pediátricos e organizar internamente o atendimento durante essa época.