Geralmente, quando se pensa em tecnologia e inovação a imagem que vem à mente é a de pessoas bem jovens, entre 16 e 30 anos, com muita criatividade e inovação. Mas se ilude quem acredita que ser tech é coisa apenas da mocidade. Tem uma turma que já passou dos 70 anos e que sai da cama, diariamente, ainda de madrugada, para inovar.
Um dos expoentes dessa geração é Hercílio Malburg que, aos 87 anos, continua inovando. Ele é conselheiro do ST Bank, uma fintech 100% digital. E entre seus amigos próximos estão mentes brilhantes como as de Mário Garnero (um dos empresários mais prestigiados do Brasil), a família Moreira Salles (acionista do Itaú-Unibanco), Alcides Tápias (ex-vice-presidente do Bradesco, membro do Conselho Monetário Nacional, ex-ministro do governo FHC, ex-conselheiro do Itaú-Unibanco), e Boni (ex-executivo da Rede Globo que, com uma personalidade discreta e mente arrojada, foi o responsável pela grade de programação da emissora por décadas).
Recordo de um antigo adágio oriental que diz que os cabelos brancos são coroa de glória para os idosos. Há muita profundidade nisso. Afinal, imagine o acúmulo de experiências, referências e ideias que pessoas como Hercílio Malburg e seus amigos têm. Tápias, por exemplo, está com 76 anos e, além de ser um dos mentores de Malburg – quando o assunto é mercado financeiro –, foi responsável pela estratégia de marketing da Alpargatas para colocar as Sandálias Havaianas em todo o mundo. Para dizer o mínimo, Tápias é um conselheiro de honra de Malburg nessa iniciativa de inovação tecnológica e financeira.
Diante dessa rápida história sobre a fintech elencada, preguntamos: tech é só para a mocidade? Fica evidente que não! A terceira idade anda mais inovadora e empreendedora que nunca.